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Jogo 90/32: O vice em BH, o convívio com os opostos e a goleada na arquibancada...

14/07/2022

Nos pênaltis, somos eliminados pelo Inimigo. A tristeza se transforma em revolta ao ver, já em casa, o maior dos roubos da era VAR, com o 'esquecimento' de traçar a linha de impedimento e a desculpa da 'máquina resetada...'.


13/07/2023

Alimentados por um ano com sede de vingança, novamente a eliminação, com 2 derrotas, em um dos momentos de queda de rendimento do time todo.


As lágrimas de Madu têm na irmã caçula a mão amiga (Maju consolando é imagem eterna...).


03/12/2023

A perspicácia de Madu tem, na saída da vitória contra o Fluminense, a primeira 'mexida' em assunto que há dias estamos conversando - com o primeiro título de Copa do Brasil dos caras, a data já prevista (03/02/2024) possibilita a chance de colocarmos as coisas em seus devidos lugares.


O aceite de Letícia passa por uma bonita atitude da pequena: o presente de 10 anos, a serem completados às vésperas da decisão, é a ida familiar ao jogo.


A gigantesca demora para o anúncio do local da Supercopa faz, por quase um mês, as barras de pesquisas agirem quase de forma automática.


Tradição mundial, meu feeling já planeja o final de semana em Brasília. Ideia da nossa cabeça da logística para a final de 2023, Belo Horizonte é sonho de Madu.


E as possibilidades de Rio de Janeiro, Uberlândia ou Nordeste, literalmente tiram meu sono - por variados motivos, impediriam nossa presença.


12/01/2024

Final de tarde. A enésima pesquisa diária traz, como local da decisão, o histórico Mineirão - palco do nosso 12° título brasileiro e que teve na sua inauguração, em 7 de setembro de 1965, o Palmeiras representando a Seleção Brasileira, goleando o Uruguai.


E a alteração de data à pedido da TV - agora, o jogo acontece domingo, 16h. Minimizando estadia e espremendo os segundos, já que o ônibus retornará em cima da hora para nosso efetivo retorno ao trabalho.


Mãos trêmulas e fé na estrada, as passagens são compradas - e, menos de 10 minutos depois, se esgotam.


A busca agora é por nosso lugar na arquibancada...


20/01/2024

Estamos na Região dos Lagos - mais precisamente na Praia do Peró, em Cabo Frio.


Planejamento minuncioso, a informação de 4 dias atrás faz o roteiro ter, no meio da tarde, uma pausa em local tranquilo e com sinal de internet. O Peró Shopping presencia momentos de sentimentos extremos.


Os 4 celulares sobre a mesa. O atraso no início das vendas. O sistema que não conclui. Os ingressos do nosso setor desaparecendo. A expressão de desespero de Madu. Maju não compreende. Estou quase ajoelhado.


Pessoa mais sensata e alheia à carga emocional do momento, Letícia finaliza a compra no celular menos sofisticado. A confirmação do pedido lembra um gol no último lance: o abraço com lágrimas e soluços são as comemorações pela confirmação de um sonho.

Estaremos em BH. Estaremos na Superior Laranja do Mineirão. E levaremos o Palmeiras ao título...


31/01/2024

Madu soma 2 dígitos de idade. E o pai fica tão feliz com a decoração quanto as pequenas...


03/02/2024

Nosso jogo começa.


'Caminho de Deus', a mudança de data foi uma benção, já que mamãe debuta no novo desafio profissional em pleno sábado.

18h, a saída de casa. Uber, trem, metrôs.


Na rodoviária do Tietê, salgados. A Pringles tem preço premium. Academia.


Com horário marcado para às 21:15h, nossa espera conta com a chegada de torcedores rivais. E também gente de verde...

Um pouco de descanso na sala VIP Cometa. A entrada já na plataforma. O sorriso de Madu com o letreiro 'BELO HORIZONTE'.


Maju, novamente, se acomoda como gente grande...

As 9 horas de viagem tem em nosso ônibus maioria tricolor. As duas paradas no Graal - já em solo mineiro (Estiva e Perdões) contam com a convivência pacífica das duas torcidas - na segunda, mamãe e Madu descem e Maju vê os Palmeirenses entoando os primeiros cânticos do dia (serão muitos)...


No diversos postos da PRF, viaturas posicionadas, colocando em prática o planejamento de escolta das organizadas.


6:30h, Terminal Rodoviário de Belo Horizonte. Quinta maior cidade visitada por Madu. Terceira por Maju.

A caminhada à procura da padaria mostra um pouco dos problemas dos grandes centros - a população moradora de rua é grande.


Café preto, pão na chapa, pão de queijo, misto, empada e Letícia já fez amizade com a senhora de 7 filhos.

Caminhada até o Mercado Central. Algumas voltas nos quarteirões até sua abertura.

Passeio pelos corredores. Odores.

No banheiro, mais encontros rivais. Nossa geladeira ganha mais dois imãs. Degustação de queijo canastra São Roque. O gato aparece e é hora de seguirmos.


A rápida passagem no Parque Municipal também tem felinos.

A enorme feira na Afonso Pena.


Doces, fotos e o papo com outra senhora mineira. Conta a história dramática, nos abençoa e encasqueta Letícia - fé, não há de ser nada...

Deixo o fígado acebolado com jiló pra próxima.

Basílica Nossa Senhora de Lourdes. Praça da Liberdade - cheia de grades devido aos blocos carnavalescos. Palácio do Governo.

Uber até a Igreja São Francisco de Assis. Marco da cidade, fica na Pampulha - Ibirapuera Mineiro. Azulejos de Portinari.


Agora trajado - as pequenas vieram desde SP - os cruzamentos com rivais e nossos são incontáveis.


O são paulino brinca e cumprimenta Maju - ela buga por centésimos de segundo e toca sua mão.


Nas águas de coco, o atleticano se entusiasma. O senhor cruzeirense quer nossa derrota. Flamenguistas. Colorado.


Todos transitam tranquilamente. Convivem.

O açaí e o milho nos despedem da Lagoa.

A caminhada até o ginásio do Mineirinho. Curva à esquerda, subindo. Atravessando a avenida, chegada, antes das 12h, ao Gigante da Pampulha. O sorriso de Madu ao ver o Mineirão me emociona neste exato momento...

Nos minutos de espera, a chegada das dezenas de ônibus das organizadas. O clima é leve. O pacto pela paz visa provar a possibilidade do retorno das torcidas visitantes nos clássicos paulistas - proibidas há 8 anos.

13h, abertura da Esplanada. Ingressos passados, revista. Fotos e vídeos.

Madu não se aguenta de ansiedade - quer comparar o imaginário à visão realista da arquibancada (lembra o pai, todas as vezes que debutou em alguma cancha...).

Bebidas. Banheiro. 15 anos depois, volto a comprar o tropeiro. Maju lê instruções pro mosaico...

Da Laranja Superior a visão é belíssima.

Do lado oposto, os rivais também se acomodam.


O Mineirão gera uma acústica maravilhosa e um acontecimento curioso surge: enquanto, com a ajuda da Galoucura, a Mancha Verde monta o mosaico em menos de 3 horas, algumas dezenas de são paulinos cantam, nos zombando. O som é altíssimo e Madu se assusta. Conversa tranquilizadora, a partir dali ela se mostra preparada para as horas seguintes...


Aos primeiros toques do bumbo, começa uma das grandes jornadas que vivenciamos.

As semanas inflamando Maju e Madu que viveriam um duelo de gritos é colocada em prática.


Nas próximas 4 horas, o som bambi só é ouvido por mais 2 vezes (no início do intervalo - para cerca de 5 minutos de recuperação e nos segundos após o último pênalti)...


Vale dizer que, de forma triste - Madu e eu concordamos - o atraso das organizadas rival poderia servir de desculpa.


Mas as suas chegadas mostraram ainda mais a força e organização da nossa gente.


Do lado de lá, a falta de criatividade com as bandeiras de mastro. E principalmente, a vergonha na abertura do bandeirão, menor que a metade do nosso. A subida de 2 bandeirões alternados e gigantescos foram um dos pontos fortes nesse duelo fora das 4 linhas - que fazemos questão de jogar.

As músicas 'proibidas' - Madu realiza o sonho de cantar:

'Eu sou da Mancha Verde, não estou de brincadeira. Eu vou em qualquer lugar para ver o meu Palmeiras...'.


Autorizada, Maju arranca olhares e sorrisos com palavrões - use somente na arquibancada, filha.

Dorme um pouco, recarrega a bateria e volta à carga. Antes, banho de cerveja...

Na minha opinião, o 'Sou Palmeiras, Mancha Verde' - arrancando vaias, foi maior desfrute.


'Viemos pro Morumba', 'Descontroladas', 'A Mancha Verde dá porrada em qualquer um...'.


Playlist de respeito - e que fique claro que a força no canto não faz apologia alguma à violência ou homofobia. Gritos de GUERRA.

Os 90 minutos mais pênaltis, na visão de muitos, fez parte de todo um contexto muito maior. Madu me questiona sobre isso, se recompondo das lágrimas de mais uma cicatriz dolorosa em campo.


E é claro que queríamos vencer e eu queria abraçá-la por comemoração - e não lhe consolando, mais uma vez. É triste explicar à Maju que sairemos rápido do estádio e não veremos a taça pois ela não é nossa.


Dói.

O chute de Mayke, a cabeçada do Flaco, o quase golaço de Menino. Os penais...

Lembranças eternas de tristeza, como a bike de Rony contra o Boca. E outros tantos...

Mas, tardes como a de hoje, mostram que, muito mais do que o resultado futebolístico - e, por Deus, Palmeiras, melhore esses pênaltis porque esse ano iremos precisar (os bambis fizeram cera pois apostaram nessa nossa fragilidade). Fique orgulhosa pois o que estava dentro do nosso controle fizemos com excelência.


Cada uma das vozes em direção aos tricolores. Cada bandeirinha balançada. Cada bexiga enchida. Cada folha de papel erguida para o mosaico. Cada ajuda para torcedores passando mal, bêbados. Cada abraço, olhar.


Cada pequeno detalhe transformou esse jogo numa goleada inesquecível onde tivemos participação efetiva.

Nós fomos pra BH pra torcermos pelo Palmeiras. E isso nós fizemos com voracidade.


Você, com 10 anos, se assustou, se recompôs, entendeu o nosso papel e fez a tua parte. Enfrentou a torcida dos caras.


E nós os vencemos.

Já disse várias vezes à você, filha: pra mim, a coisa que sei fazer com maior excelência na minha vida é torcer. E, creia, você também sabe e Maju está no caminho certo.


Infelizmente, faltou o pequeno gigante detalhe dourado pra completar seu presente de aniversário. Mas espero que esses meses de neurose por esse dia tenham te deixado feliz.


Que carregue essa aventura para sempre - e que venham outras mais (muito obrigado e por favor, Letícia)...


E virão. Na desforra contra esses malditos e no tetra da Libertadores estaremos lá. Iremos e seremos.


Última emoção de um dia onde parecia não caber mais, agradecimento ao senhor do Uber que, num trânsito caótico, conseguiu nos levar à Rodoviária. O pequeno atraso também é 'Caminho de Deus'.


A chegada em casa às 6:15h, direto pro retorno de trabalho e aulas. Com Madu de Top Model, Maju de sala nova e Letícia com novos desafios.

Vamos por mais!

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