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Medalha da escuridão...


Semanas atrás, Madu se mostrou curiosa para fazer um treino noturno. Não contente, acrescentou ao pedido que o local não tivesse iluminação artificial - pretexto para usar nossa headlight...

Pesquisas e, seguindo uma nova tendência - que precisa de ajustes - encontrei um corrida virtual de 5km com a tema...

A "Insomnia Night Series" seria ideal.

Às escondidas, realizei a distância e o pedido foi realizado. A incerteza da data da entrega não ajudava a agendar o desafio. Ainda mais quando Madu disse que uma encomenda retornou pois não passava pelo portão - cumpriu bem o combinado, MADUra filha.

O vizinho nos ajudou.

Questionada sobre quando queria correr - e sem saber da medalha, escolheu logo o dia seguinte - segundo dia do inverno, que amanheceu com garoa...

Após o retorno do trabalho, tudo certo com as pequenas. A idosa está no chão há mais de uma hora - aparentemente sem maiores problemas...

Mochila arrumada, roupas específicas e até uma nova lanterna emprestada pelo vovô.

Buscar mamãe na escola, desta vez, teve nossa casa como ponto parcial de desembarque. Nosso destino é o bairro das 4 Encruzilhadas, com bate volta à Prainha.

Em meio ao caminho, passando em frente ao futuro novo cemitério da cidade, o único sentimento que não deveria aparecer dá as caras...

Um pequeno medo toma conta, e nossos sorrisos amarelos não o esconde.

No local planejado para estacionar, pegos de surpresa, tem os postes todos apagados - inacreditável. O perigo de alguém bater no carro faz o asilo ser utilizado - felizmente sem problemas.

O início com muitas fotos e adaptação visual.

O xixi.

O combinado de correr e caminhar onde for possível.

E a chegada ao derradeiro poste. Dali em diante, seriam cerca de 3 km sem luz alguma, sem pessoa alguma, sem asfalto algum. As conversas sobre assuntos diversos distraem. Estádio, corrida, maturidade, viagem.

O refri.

Muitas vezes de mãos dadas.

A imaginação que pode ser traiçoeira - ao avistar os brilhantes olhos dos bois, Madu lembra do Herobrine dos seus jogos eletrônicos. Meus pensamentos sobre fantasmas também aparecem. Falamos de amenidades e tudo volta ao normal.

Na chegada à Prainha, a ligação pra mamãe e Maju. Acelero pelo retorno, que será lento devido à subida.

Desfruto de conversar com minha filha. Observar seus olhares. Seus movimentos num ambiente atípico.

Mais uma ligação e desafio Madu à terminarmos em menos de uma hora. Sem dizer nada, ela dispara e, 2 minutos antes, o relógio alerta.

De volta ao carro, o prêmio mais que merecido surpreende. A medalha da coruja aumenta a galeria de conquistas. De lembranças. De história. Mãe e irmã curtem no retorno.

E o pai termina com a mesma emoção de sempre...

Parabéns, Madu!

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