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MAJU MARATONISTA


A impossibilidade de irmos ao estádio e de viajar para correr são certamente as 2 coisas que sinto mais falta desde o início da pandemia.


Apoiar o Palmeiras aparentemente tem contagem regressiva - 2022 estaremos de volta.

Sobre os treinos, mesmo que nunca fui tão disciplinado, conseguimos ter muitas histórias nos últimos 18 meses.

Mas faltava um capítulo especial...


Com Madu e Maju, juntos já fizemos até 10km. Correndo apenas com a caçula, no ápice dos treinos para a ultra, alcançamos 30km.

Neste ano foram variados treinos longos. Nos adaptamos juntos - eu, com o grande período de exercício. Ela, com diversas formas de se percorrer distâncias e fazer o tempo virar aliado.


Na vida de ninguém tudo é só sorrisos. Isso é óbvio. Mas uma situação na última semana me abateu violentamente. Me desmotivou completamente.

E uma longa conversa com Letícia, tarde da noite, me fez enxergar novamente uma escalada para a alegria.

O conselho me fez idealizar um desafio que há 8 anos me parecia impossível.


Maratona de São Paulo, 2013.

Minha estreia na distância, corrida segura, homenagem à Letícia e Madu no final... Mas uma cena durante o percurso me cativou... Um pai, empurrando um carrinho com um bebê, percorre os 42,2km. Achei sensacional, e lembro pensar que daquilo eu imaginava não ser capaz.


Setembro de 2021. Hora de ser capaz.

O sim da Letícia. O sorriso da Madu.

Os últimos dias conversando com Maju. Explicando que seria bom ela não sair tanto do carrinho. O sábado de preparação de mochilas e roupas. O jantar que não falha. O sono da pequena que demora à chegar.


5 de setembro, 4:40h.

Levo tudo pra garagem - quase tudo (óbvio que esqueço algo - desta vez o Gatorade).

Maju acorda 5:30h. Troca de roupa, leite, banheiro. Sorrisos.

A vela que pede proteção da vovó.


6:03h tem início nosso desafio. O percurso começa e termina em frente a nossa casa, com a longa ida até o final da via Parque, em Barueri.

O ritmo é ajustado. Permite conversar, cantar, brincar. Paradas a cada 30 minutos pra hidratação e a cada hora pra comer.

Vídeos.

O clima ajuda.

Etapa por etapa, vamos vencendo os quilômetros. Maju se encanta com a espuma do Tietê. Na via Parque, prefere a cadeirinha. Um pouco de ombro também.

Dá vários jóias. Bons dias.

Recebe sorrisos e incentivos.

Conversa com o menino de bike, com capacete de tubarão.

Decide ver seus vídeos e dorme um pouco.


Acorda no túnel da estação e vê o grafite do Palmeirense indo ao Palestra.

Naturalmente, com mais de 30 quilômetros, meu corpo vai sentindo dores naturais.


Os últimos 2 quilômetros são de subida. A caminhada é necessária.

Ao final, o vídeo que parabeniza Maju por se tornar MARATONISTA também intima Madu. Você é a próxima.


Em casa, a surpresa das medalhas personalizadas - sensacional, Letícia.

Felicidade. Dessa vez, sem lágrimas - gastei muito durante a semana. Apenas sorrisos.

E a certeza de que somos fortes e capazes de alcançar grandes vitórias. Sempre seguindo os caminhos longos e corretos...


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