31 de março.
Domingo de Páscoa.
Em meio à neblina, o coelhinho adoça a manhã das pequenas e deixa o corredor escorregadio.
Mamãe faz, pelo terceiro ano de tristeza, o almoço 'sozinha' - mas ela está em cada pitada de tempero, Letícia.
O almoço em família tem no deck o futebol cada vez mais exigente. O chuveiro refresca a tarde de sol à pino.
No pôr do sol, as camisas já estão no peito. A TV mostra a Vila Belmiro. E a primeira decisão do estadual está prestes a começar.
Madu e Maju apostam em vitória. Me contento com o 1x1. Mamãe escolhe o lado por motivos anti-Neymar. Duas horas depois, rouco e pistola, a contagem regressiva já se inicia para reverter a desvantagem mínima após uma partida abaixo do padrão.
SEREMOS.
Quarta, 3 de abril.
O time misto que vai ao Nuevo Gasometro, na estreia da Libertadores arranca um bom empate.
Antes, pela manhã, Madu, em momento aleatório, garante os 4 Gol Norte.
IREMOS E SEREMOS.
Domingo, 7 de abril.
Plano antigo, acordar Maju pela madrugada garante o sono após o almoço.
Madu antecipou o treino pra ontem e tem o dia de descanso.
Certeza, estarão preparadas. E escreverão linhas históricas.
16h. Na chegada à Matarazzo, energia positiva para o time da virada.
Um dos copos mais legais.
Planejamento de festa, a descida de algumas fileiras devido aos bandeirões.
O - pra mim - mais legal mosaico até hoje (em referência às falas de Abel de que ele e comissão não atravessaram o Atlântico para passear).
Hora de levar o Palmeiras à vitória.
Apoio durante os mais de 100 minutos.
Nosso maior freguês fazendo cera e tendo 'faltinhas' ao seu favor - a nota na semana funcionou. E também nos levando perigo - 3 defesas monstruosas de Weverton - pra calar aqueles da escola da Maju, Madu...
Também atacamos com muito perigo.
Um jogaço.
Que, com toda atmosfera criada, tem final triunfante. Veiga - em pênalti que Endrick leva o 'nunca desistir' ao limite e Moreno, no talvez gol mais estrangeiro de nossa história (Piquerez - Flaco - Aníbal).
História essa que passa por remontadas contra 3 times com nomes, digamos, 'santificados' (São Paulo, Água Santa e Santos). E que mostrou a fé de cada torcedor na força do grito.
Maju, mesmo gripada, alterna tosses e berros.
Madu me emociona novamente ao receber os parabéns chorosos do senhor à frente.
O senhor ao lado fala sobre 'o melhor abraço do mundo'. Sim, tenho os três. E mostra o tio palmeirense internado e feliz.
O apito final tem os abraços que nenhum daqueles mais de 40 mil torcedores haviam dado.
O Tricampeonato Paulista ocorreu uma única vez, há 90 anos.
26º título estadual - Madu, creio aquele meu feeling de passar os Gambás até 2040 será antecipado...
A demora pela premiação é ponto negativo.
Alto falante desnecessário. Diretoria sabotando a torcida.
A taça, fogos e drones.
Volta olímpica.
Mamãe aumenta a felicidade com os sinais de Dona Neide. CONSEGUIREMOS, LETÍCIA!
A faixa.
Obrigado, Palmeiras.
Seguimos juntos.
Vamos por mais!