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Jogo 75/17: Estilo Anos 90

Qual a importância do 12 de Junho de 1993 para um menino de 8 anos de idade?


Obviamente, não era passar a tarde com sua namorada...


Morumbi, sábado. Meu jogo 1.

A multidão. As bandeiras. As músicas. Os 4 gols que pouco pude enxergar – primeiro, pois era pequeno. Segundo, porque a maior parte da minha atenção era para as arquibancadas.


No início daquela noite, a pergunta: Por que tantos homens choram abraçados???


O tempo me trouxe a resposta.


Neste período de 30 anos, parti do jogo 1 para o 624, nesta noite. De volta ao Morumbi após mais de uma década - fruto da incapacidade e oportunismo de autoridades preguiçosas - somam-se mais de 3 dezenas de visitas à cancha inimiga.

Desta vez, não praguejo o show que nos impede de irmos ao Palestra. A chance de Madu e Maju conhecerem mais um estádio. Letícia também debuta no Jd. Leonor - que foi erguido com dinheiro público (minha avó, recém chegada de MG, pagava o infame Carnê Paulistão ao abrir a conta no Bradesco, que tinha Laudo Natel como Diretor - mas essa é uma outra história...).


Local com grandes lembranças. Nas principais, além de grandes vitórias, a possibilidade de enfrentar torcidas rivais, divididas meio a meio. A felicidade de não deixá-las serem ouvidas ou a formação de caráter ao receber o som atrasado de um gol contra a gente.


A saída de casa pouco antes do combinado. Grata surpresa pela facilidade em chegar pela Raposo. Estacionamento tranquilo afastando flanelinhas.


A rápida caminhada e a visão do estádio pela Praça Jules Rimet - confesso que nunca imaginei chegar com elas por este percurso. Sempre planejava a ida pelas ruas do bairro.

Mas hoje somos mandantes contra o maior freguês.

A espera pela entrada dos materiais das organizadas. A subida pela rampa.

Fotos na bateria.

Banheiros, copos, pipoca e refri - rapidamente derrubado pela Madu.


A visão pela Arquibancada Norte.

Bandeiras de mastro.

Ida com Maju ao banheiro.

Próximo ao início, o único fator desagradável. A falta de respeito dos atrasados é patética. Mas as pequenas verão o campo.

Ajustes e hora de alentar. Maju adora ficar sob o bandeirão. Bexigas.

Tranquilamente, o primeiro tempo vira 2x0 - Murilo e Rony.

A chuva alegra. As capas permanecem na mochila e os sorrisos inundam os rostos.

Músicas antigas. "Viemos pro Morumba" e "Caiu na rede é peixe". Madu ilumina.

Estrelinhas com celular. Finalmente, a Ola.

Giovani.

A arquibancada balança.

O Santos desconta na última bola.

Pizza e refri. Volta tranquila.


E a alegria de ter embarcado numa espécie de máquina do tempo, que trouxe ao início da noite ares dos anos 90. As quase 50 mil vozes - maior público de Madu e Maju até hoje - tiveram visivelmente em peso os torcedores expulsos das novas arenas. Todos merecem horas assim. Aos costumeiros frequentadores do Allianz Parque, mas que já chegam aos quase 40 anos, o saudosismo é, com certeza, emocionante.


Por mais momentos como esse.


Obrigado, Letícia.

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