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Jogo 66/8: VOLTAMOS!


832 dias.


Este foi o tempo em que a pandemia nos afastou de um dos lugares que considero mais importantes em minha vida. Do lugar que já colocou 614 tijolos na construção do meu caráter. Do lugar onde vivi muitas das minhas maiores felicidades e tristezas. Do lugar onde sempre sonhei em frequentar rotineiramente com minha família.


Após esses 2 anos, 3 meses e 12 dias, finalmente voltamos à arquibancada.

Muita coisa mudou nessas 118 semanas.

Tivemos imensas conquistas e A perda. No âmbito familiar e esportivo.

Foram 19978 horas de uma montanha russa de emoções...


E, juntando cacos e com esperança, seguimos.

Cumprindo a promessa que fiz à Madu e pedido de fé à Deus, no início dessa maldita pandemia: Voltarmos os 4. Juntos.


Vovó Neide com certeza ficará orgulhosa vendo Maju seguindo Madu - ela tinha como nossa foto predileta, na parede da sala, um registro do Enea. Nos proteja daí de cima.


No momento mais glorioso que o time atravessa, nada garante que as conquistas continuarão. Dói lembrar que paramos de ir quando Letícia pegava gosto pelos bate-voltas. Que insistiu para irmos à Araraquara no modorrento 0x0 contra os Bambis. Que não estávamos nos títulos das Libertadores, da Copa do Brasil, da Copinha, da Recopa e dos Paulistas.


Que a promessa feita à Madu, na tristeza pós derrota pro Chelsea, no Mundial, um dia possa ser concretizada…


Eu já estaria próximo do jogo 700. Madu, prestes a completar a 100ª partida. Maju já teria quase 4 dezenas de histórias…


Mas o destino quis assim. Vamos daqui pra frente. Pra cima!


As conexões do mundo geram uma coincidência. Nosso último jogo, em 02/02/2020, foi em Bragança Paulista, contra o Red Bull Bragantino. Aqui, a saudosa história…


E nosso retorno acontece contra o mesmo adversário (fazendo Madu associar à uma disputa eliminatória, de ida e volta), pelo Brasileirão 2022… Na nossa casa. No nosso lugar. No nosso Gol Norte…


Letícia tem razão. A partida não dura apenas 2 horas.

A rotina de que “o jogo começa MUITO antes”...

Desde segunda-feira, a tensão pelos ingressos. O sistema que segue irritando. A felicidade de Madu pelo e-ticket (Maju não entende muito bem)...

Madu passa a semana acessando o app do Palmeiras. Devora estatísticas.

Maju relembra as músicas de arquibancada. Fica ansiosa pelo Periquito e Porco Gobatto poderem ser avistados de longe. Promete um tchau…


Não compreendo o motivo - e anseio ainda mais pela vacina - mas o Teste Antígeno pra caçula está agendado. Os últimos dias são de brincadeiras com cotonete nas narinas (e a quase certeza que na sexta à tarde ela vai chorar com o desagradável exame).


Ainda faltam 4 dias, mas Madu já escolheu sua camisa. A preferida “lameada”. E não dará tempo de esverdear as mechas…

Tomara que o expectorante cure Maju.

Nesses últimos dias, já olhei os prints dos ingressos incontáveis vezes. Sorrindo.

Tenho que controlar minha ansiedade…


Véspera. Tensão.

Maju resiste ao cotonete que parece tocar o cérebro.

O final dos 20 minutos fazem eu e Madu ficarmos como em uma decisão por pênaltis.

A ponto da pequena perguntar o porque das nossas caras.


O resultado é como uma defesa na última cobrança: NÃO REAGENTE.

Vibração.

Amanhã estaremos de volta...


Meu dia começa 1h da madrugada. Nossa gripe coletiva aliada à ansiedade provocam insônia.


Em rotina normal, Maju acorda às 5h. Quando digo que chegou o dia, ela diz que vamos ajudar o Palmeiras a crescer... (ontem, pela tarde, cantava "Sou Palmeiras, sim senhor" no carro).


13h, saída de casa. O estacionamento tranquilo. A caminhada. Bourbon.

Maju nos encoraja sobre os fogos na Turiassu.

Matarazzo. Mauro Beting. Os cães farejadores da Polícia. A conferência de vacina - fique tranquila, Maju...

Revista. O tchauzinho pro PM.

E-ticket. Staffs querem girar a catraca para as pequenas. Madu gira desde 2015.

Felicidade.

Dois copos e o estranhamento do dinheiro. São Marcos.

Subida e a maravilhosa visão.

Nossos lugares na última fileira.

Maju ri da irrigação, da música. Do periquito. Descobre que Porco Gobatto está gripado (!?).

Madu canta desde o alto falante até o aquecimento da Mancha.

Cumprimentos. Os "quanto tempo, hein...".


Hino do nosso jeito.

Pressão desde o início.

Pequenas giram cachecol.

Maju alterna colo, ombro, mamãe.


Grito de gol - anulado pois a bola não entrou.

Grito de gol - anulado por impedimento.

Prometi aproveitar cada instante. Não reclamar. Mas o lado torcedor domina. E felizmente minha voz aguenta mais do que os 15 minutos previstos.

Madu ajuda e berra. Acompanha o jogo do campo. Esquece celular. Ri com a irmã também olhando a cancha...

Me orgulho.


3º gol da tarde, agora podemos finalmente comemorar. Danilo.

Jogamos muito bem.

No intervalo, Maju me confunde na água. Fica sem graça. Madu vê cenas que a enjoam.


Segunda etapa, ataque raro pro nosso lado.

Madu sorri para Dudu.


O jogo se torna perigoso.

Perguntas capciosas pra Letícia...

Celulares. Estrelinhas.

Já estava com saudade de ver e ouvir as pessoas admiradas com nossas pequenas.

O torcedor de Muzambinho parabeniza.


Lance final. Pênalti e explosão.

O Veiga é seleção.


No agregado do imaginário da Madu, vencemos por 3x2 o time do energético.


Retorno anestesiado.

A demora para o jantar. Não importa.


Um dos grandes dias da vida.

Vamos Madu.

Vamos Maju.


Em 4 dias, faço aniversário.

Obrigado pelo presente antecipado.

Te amo, Letícia...











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