Correremos com a camisa do Deca.
A tradicional pintura. Foto com o cacique.
Um senhor corredor pede pra tirar fotos conosco.
Os indiozinhos que se encantam.
Reconhecimento da pista e a estratégia é passar pelo barro.
Treinamos bastante no último mês e os passos da Madu são confiantes.
Na chamada, correrá com meninos e meninas de 6 anos.
Estranha um pouco. Pergunta se estarei junto.
Ao sinal, acompanha as crianças. Está bem. Até que...
Pelo lado esquerdo, a queda terrÃvel de um garoto. Parece que vejo tudo em câmera lenta.
A cambalhota e as pernas surgem na frente da Madu.
Ela cai, se levanta e chega praticamente junto com os outros.
O resultado pouco importa.
A lição, o orgulho, a maravilha, fica para a força de vontade.
As lágrimas – de dor dela e de frustração minha – só vem após a linha de chegada.
Ela diz que não respondeu minhas perguntas se estava tudo bem pois estava concentrada.
Foco.
Uma das medalhas mais valiosas.
Na minha corrida, os quase 11km são feitos 6 minutos mais rápidos que ano passado. E desta vez as duas concluem comigo.
Nas fotos no pódio, um indiozinho abraça minha perna.
Mas conseguimos uma com nós 4.
São segundos, momentos, emoções que rasgam, deixam cicatrizes. Mas que nos mostram que cada atitude, cada palavra tem o poder de transformar. De guiar. De inspirar.
Eu te amo, Madu.
Você é nossa campeã.
