A resposta para Madu foi o momento decisivo do jogo.
Na sua estreia na Superior Norte, derrota para o rival e perda do tÃtulo nos pênaltis.
Antes da partida, almoçando no shopping, o senhor da mesa ao lado conversa.
Mostra foto da neta que rejeitou Neymar. E presenteia com uma foto junto à Pelé – contando que era diretor do Santos em 1968.
No estádio, o copo e o porco verde de pelúcia.
Ela gosta do local. Ajuda no belo mosaico. Canta – ou melhor, berra – e me orgulha.
Menos de 2 minutos, gol de Rodriguinho.
Assumimos o controle da partida, mas o empate não acontece.
Possivelmente aconteceria aos 26 do segundo tempo, em pênalti marcado sobre Dudu.
Algo estranho acontece. Discussões. O quarto árbitro chama. De repente, a reclamação é verde. Exaltação. Os policiais protegem quem deveria pregar justiça.
O pênalti é cancelado. Interferência externa.
FIM.
Destruição anÃmica. Os 20 minutos seguintes são apenas cumpridos para o que se planejava.
Nunca o pênalti de Henrique seria marcado, com mais de 50 minutos.
A derrota faz os mais de 41 mil torcedores saÃrem em marcha fúnebre pelas imediações.
O sentimento é mais amplo.
Num momento em que vivemos um ineditismo polÃtico, imagina-se criar vergonha na cara por atitudes duvidosas.
O sistema no futebol, corrompido como diversos setores da sociedade, dá o seu recado de que tem as mais maquiavélicas artimanhas para quem deseja andar por caminhos corretos.
O sucesso do Palmeiras, com autonomia financeira – à ponto de assinar com uma concorrente da RGT – ainda trará muitas frustrações à todos nós.
Eles preferem, aqui em SP, o time que dá calote. Que recebe benesses. Que tem influência praticando o errado. Que deve até as marmitas...
No carro, explico à Madu que NUNCA teremos vergonha dela se a derrota vier com luta, dedicação e agindo de forma honesta.
Que a trapaça nunca seja vista como conveniente por trazer resultados, aparentemente, vencedores.
O Palmeiras, infelizmente derrotado, nos reforça lições.
E nos deixa ainda mais fortes contra toda essa corja que sabota nossa felicidade.
Venham, malditos!
Quarta feira, o Boca Juniors...