12 de junho de 1993, tarde de sábado. No meu jogo 1, o Palmeiras sai de uma fila de 17 anos e a imagem de homens chorando abraçados se eterniza em minha cabeça.
8 de agosto de 2020, tarde de sábado. Afastados do estádio devido à pandemia, o Palmeiras sai de uma fila estadual de 12 anos e a imagem de Madu chorando com o sinalizador nas mãos se eterniza em minha cabeça.
Tudo o que passamos desde o 8 de abril de 2018 foi amenizado hoje.
Nossa História é limpa. É belíssima. E é vencedora por méritos.
Por mais que tenha sido apenas um Campeonato Paulista.
Por mais que tenham sido 2 empates (no de hoje, no acréscimo dos acréscimos).
Por mais que o futebol apresentado não encha os olhos.
Nada disso importa. Finalmente os jogadores entenderam como se joga o Derby. Todos lutaram até o fim dos dois jogos (prova disso o pênalti cometido por Gomez).
Aos rivais - e principalmente à imprensa que torce por eles - a culpa de jogos "ruins" é nossa. Mas de que adianta o enredo de amassarmos, entregarmos um gol idiota no início e perdermos? Eles que sempre jogam por uma bola.
Luiz Adriano nos dá a vantagem no início do segundo tempo.
O empate aos 51 provoca um certo desânimo em Madu - que teve o espírito devidamente armado nos últimos dias. Não podemos nos abater.
A cabeça erguida e as reações em cada pênalti.
As defesas de Weverton que explodem nossos gritos.
E, nos pés de Patrick de Paula, que tem 7 anos a menos de vida do que eu tenho de estádio, coloca as coisas nos devidos lugares.
A História segue com sua regularidade. Ainda temos um triunfo a mais.
Mas em 32 confrontos decisivos (finais ou eliminatórias), somamos agora 23x9.
A camisa pesa.
Os gritos, saltos, luzes e fumaça na varanda, abraçado à Madu e Majulinha, é o presente de Dia dos Pais antecipado.
Obrigado, Palmeiras. Nós te amamos...