Desde o final da última quarta, o sentimento que mais me apodera nessas quase 3 décadas de vivência racional - ou não - sobre futebol só tinha direcionamento para o fim de tarde de domingo.
Vencer o inimigo é questão de honra. Mesmo que eles joguem fora das regras. Mesmo que muito conspire contra. E mesmo que não dê.
Mas as camisas verdes com um P no peito sempre sobem ao gramado com a obrigação de orgulhar não só os torcedores contemporâneos. Carrega também mais de um século de uma limpa história que tem sujeira tricolor em diversos momentos.
Passo isso à Madu desde cedo. Majulinha também será bem orientada.
Assim como em 2008, após o assalto na primeira semifinal, o término da partida me preenche de uma certeza: a torcida carregará este time à reviravolta.
Atropelamento.
Danilo, Zé Rafael e Veiga (2).
A Mancha no lugar que sempre foi dela no antigo Palestra.
O "a gente devia estar lá" repetido inúmeras vezes pela Madu - aperto na alma.
A noção dos fogos antes da imagem na TV a cabo.
A gripe permite Maju curtir o fim da goleada.
O 24° tÃtulo paulista em uma tarde inesquecÃvel.
Obrigado, Palmeiras!
Inimigo, sua história é minha esmola.
Nos últimos 4 meses deverÃamos estar na arquibancada na final da Libertadores, da Copinha, da Recopa, nos 2 clássicos contra Sardinhas e Gambás e ontem na final.
São momentos impossÃveis de se recuperar, endossados pelos inúmeros elogios ao aguante da torcida.
Insisto. Madu e Maju, não percam oportunidades. Existem situações onde não há segunda chance.
Respeito aos que não gostam ou não tem condições - das mais diversas - de frequentar estádios. Mas carrego uma história de quase 29 anos na arquibancada. Madu, aos 8 e com a pandemia, se aproxima dos 70 jogos. E Maju já somava quase uma dezena de confrontos com um ano.
A arquibancada, dentre outros incontáveis fatores, ensina a ganhar e perder.
E estamos vibrando de longe em um dos momentos mais vitoriosos da história do clube. Não sabemos quanto vai durar e se haverá êxito novamente.
Acender sinalizador na varanda e deck já não tem mais a mesma alegria...