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Madu e a Meia Maratona nas alturas


Há tempos, prometi à Madu que correríamos uma Meia Maratona juntos - com ela no carrinho.

Às portas de completar 5 anos, talvez a derradeira possibilidade.

A inscrição para a Meia Maratona de Alphaville.

Na chamada, a indicação de "corrida de montanha".

Mas não imaginava que seria tão difícil...

Os treinos foram feitos quase em sua totalidade.

Hoje, o acordar de madrugada com tudo preparado. Para chuva ou sol.

O início da prova e o "até logo" à mamãe - que nos aguardaria por mais de 3 horas.

Ladeiras gigantes DO INÍCIO AO FIM.

Nas subidas, a caminhada é obrigatória.

Nas descidas, a preocupação com o asfalto escorregadio.

Na primeira ligação pra mamãe, o cansaço já é intenso e são apenas 6 km.

MUITA GENTE nos motiva. Parabeniza.

E já festejam o Deca que se Deus quiser virá hoje à tarde.

A soma do nosso número de peito traz confiança.

O celular distrai a pequena. Por uns 2 minutos, ela caminha, mas prefere retornar ao assento.

Dorme.

A fadiga traz confusão. Sono. Até um certo pensamento em parar.

NUNCA.

Letícia nos espera.

Toda a comida é devorada e a energia retorna um pouco...

Agora, só convivo com as dores gigantescas.

Parece que a qualquer momento meus músculos vão explodir.

Madu acorda.

FInjo estar tudo ótimo.

E quando avistamos a civilização, junto com a placa de 20km, as lágrimas vêm...

Cada passo é dado com uma dificuldade absurda.

Vemos a mamãe e choro soluçando.

Conseguimos.

Como prêmio, 2 medalhas.

Sento e Madu seca minhas lágrimas com a blusa.

Letícia nos dá carinho.

Elas vão ao banheiro e um outro corredor senta ao meu lado parabenizando. Dizendo que sozinho já era difícil, imagina empurrando o carrinho.

Tenho a impressão que foi mais difícil do que as duas maratonas que já completei.

Foi a corrida mais dura que já fiz.

A 10ª medalha da Madu está conquistada, e o carrinho agora será usado por Maju.

A maior continuará correndo. Agora com as próprias pernas...

Inesquecível.


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