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Jogo 55: Cicatrizes curadas com orgulho...


Os 33 anos de idade e quase 600 jogos têm a sua parcela, mas as atitudes de Madu nesses últimos 5 dias me mostram o muito que ainda posso aprender e me dá a certeza de que estamos no caminho certo de ensiná-la (e preparadíssimos para a nova vida que chega no primeiro trimestre).

Sábado, a frustração por vê-la ser ultrapassada no último metro por diminuir a velocidade se transforma em emoção quando o vídeo revela que ela termina com um sorriso lindo me procurando.

Esta noite, imenso orgulho.

A boa campanha na Libertadores 2018 teve fim, nas semifinais, no empate em 2x2 com o Boca Juniors.

Infelizmente, poucos minutos de superioridade no primeiro jogo fizeram o time argentino ter uma vantagem administrável.

Fica a tristeza de não irmos à final pelo fato de a partir do ano que vem a decisão acontecer em jogo único, quase que proibindo a torcida de acompanhar...

A última semana de conversa sobre a possível virada faz Madu proporcionar momentos que jamais esquecerei. Aliás, quase toda a torcida.

A chegada ao estádio é de recepção ao ônibus dos jogadores. Fogos e sinalizadores mostram o tamanho da esperança.

De Superior Norte, a compra do 2 copos.

O reencontro com um amigo de SENAI – e a história contada dos 4x3 sobre o T4...

O apoio desde o aquecimento dos jogadores.

No hino, os berros. Fogos. Loucura total.

A explosão no gol de Bruno Henrique, logo no início (uma das comemorações coletivas mais espetaculares e inesquecíveis). Madu faz questão de descer do ombro e beijar a linda barriga.

Festa apagada pela confirmação de impedimento de Deyverson.

Ábila marca para o Boca. Continuamos tentando. Fim do primeiro tempo.

Agora, são necessários 4 gols.

Luan faz o primeiro. Gustavo Gomez, o segundo, de pênalti. Borja quase faz o terceiro. Temos tempo, mas Benedetto acertou outro chutaço de fora.

Madu reconta a missão.

E continua cantando, enquanto alguns vão embora.

Continuar cantando, mesmo com o time nitidamente sem forças para reverter um resultado, é um dos grandes momentos que o futebol pode proporcionar.

É demonstração de AMOR INCONDICIONAL.

Os gritos orgulhosos de “Palmeiras, minha é você!”, nos acréscimos, diminuem dores.

*No esporte, vitórias não podem ser prometidas. Mas, o que prometi, sobre minha voz na manhã de quinta feira, está cumprido...

Não devemos desanimar.

Ainda há 7 jogos e o décimo título brasileiro só depende de nós.

Por tudo o que passamos este ano, as cicatrizes tem tudo para se tornarem histórias de um caminho que trará gigantescos sorrisos.

E, se tudo der errado, nada apagará cada abraço, cada grito, cada sorriso, cada olhar admirado de outros torcedores para uma menina de 4 anos e 9 meses que torce como gente grande...


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