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Jogo 51: Dia dos Pais, das crianças e o poder do futebol...


6:25h.

Conforme combinado, acordo a Madu e vamos brincar na sala.

Barbie, vídeos de desenhos, corpo servindo de ponte.

Mamãe chama no cochicho e a camisa do Palmeiras emociona.

Seguem as brincadeiras e no fim da manhã hora de se aprontar para o almoço nos avós.

Danças, futebol, bobinho.

O churrasco é, como sempre, saboroso..

Por volta das 13h, planejadamente, Madu dorme.

Hora de uma experiência incrível...

A escola que trabalhamos teve a felicidade de ser selecionada para participar do projeto “Torcedores do Futuro”, da Sociedade Esportiva Palmeiras.

14:30h, em frente à escola, encontramos Pais receosos e alunos ansiosos. O ônibus é preenchido rapidamente.

O percurso que conhecemos tão bem é realizado de forma veloz. Na entrada, aguardamos um pouco. Um grupo de vascaínos passa na calçada e a inocência do início das vaias é freada com a explicação da aliança entre as torcidas das duas equipes.

As fotos externas. A longa fila e a espera no hall de acesso.

A sala de imprensa.

Sala de aquecimento.

Vestiários. Crianças encantadas com a organização dos materiais.

Nova fila e a escada leva ao campo.

Todos no conforto do banco de reservas. Os olhares para as imensas arquibancadas, ainda vazias.

Nova caminhada e o refeitório é a parada. O honesto lanche e a ida ao banheiro.

Após algum tempo (além das 18h), nova subida ao gramado.

As fotos individuais, o show das cheerleaders, o telão funcionando.

Torcida chegando.

Alunos choram...

Para a Madu, o finalmente. Conseguimos nossas fotos com o Periquito e Porco Gobatto (este último, com certa distância de segurança...).

Perto da bandeira de escanteio, a faixa do projeto.

Palmeiras no aquecimento, e caminhamos dentro do campo.

Jogadores à poucos metros. A imagem no telão.

Gesto simples, porém eterno, Bruno Henrique volta de uma corrida e toca na mão de alguns alunos. Por eles, vá para a seleção.

Madu vê tudo do alto do meus ombros. Vê Prass de perto. Alguns torcedores aplaudem. Dizem que gostariam de estar no nosso lugar...

Subimos às arquibancadas do Gol Sul.

Elas acompanham alguns gritos de guerra.

O jogo começa. Palmeirenses são mais elétricos. Até corneteiros – por natureza.

Volta pra casa de Felipão, o time reserva vai à campo.

Após um primeiro tempo modorrento, descemos para comprar nosso copo. Felipão e São Marcos.

Madu questiona quando a torcida irá cantar. Diz que ali é morto...

Recomeça a partida.

O gol de Deyverson faz o momento máximo de um estádio ser alcançado.

Os alunos se abraçam. Pulam, gritam, vibram.

Naquele momento, não há time. Rivalidade. Eles querem festejar, pertencer àquela alegria.

O placar se mantém.

Todos vibram.

No retorno, os presentes. Livros “Pátria Amada Palmeiras” e o ingresso do jogo.

Madu mostra seus vídeos de corridas.

Na escola, crianças entregues.

Alívio.

Imensa felicidade e satisfação.

Muito obrigado Mário César, pela intermediação.

Aos familiares que confiaram em levarmos suas crianças num domingo à noite à um estádio.

À toda equipe Palmeiras Tour.

Parabéns ao Palmeiras e à Crefisa, pelo projeto.

*Das 29 crianças que levamos, apenas 6 são Palmeirenses. Corinthianos (em maioria), São Paulinos, Santista e Flamenguista. O boliviano que torce pro Brasil. Todos eles “sofreram as consequências” de se dedicarem, de dar valor aos estudos. Gostaria de levar muitos outros, mas há a limitação numérica.

Que mais ações como esta sejam realizadas, por todos os times.

Para muitas destas crianças, pode ter sido a primeira e derradeira ida (devido ao alto preço dos ingressos e da falsa imagem passada pela mídia, onde um estádio é um lugar perigoso, inadequado para crianças...). Porém, será ETERNAMENTE recordada.

A sociabilização num ambiente novo, com pessoas novas, por momentos sendo protagonistas.

O brilho nos olhos, os sorrisos, a intenção de serem ouvidas.

Hoje, mais de 40 horas depois e com uma rara rouquidão, pouco dormi e já me emocionei com diversos elogios.

Como resumiu a Letícia, me conhecendo melhor do que ninguém, atingi “o ápice do ápice”.

O trabalho que amo nos levou ao lugar que mais amo com as pessoas mais importantes no Dia dos Pais.

Inacreditável...


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