O acordar é às 5h.
Banho e café preparado.
LetÃcia levanta.
Aprontamos as crianças.
Antes das 7h, já estamos na Reserva IndÃgena Rio Silveiras.
Prova bem diferente. Incomum.
O pajé pinta nossos rostos.
O artesanato chama a atenção.
Madu tenta fazer amizade com Gleiciane – pequena indiazinha de sorriso doce, carregando como animal de estimação uma cotia...
Também concede entrevista ao narrador oficial.
Os alongamentos e aquecimentos rotineiros.
O papo final.
As crianças de 4 e 5 anos são chamadas.
Madu está diferente. Focada. Preparada.
Na sua bateria, outras 2 meninas. Francesas.
Ao sinal ela dispara, junto com meu coração.
O treino prévio a deixa segura na lama.
De ponta a ponta, vence a arranca lágrimas de emoção que voltam a cair nesse exato momento – o esporte, maravilhoso, nos reserva muitas emoções...
A medalha e a alegria da mamãe.
Peço a famÃlia francesa para as pequenas fazerem uma foto juntas, no pódio. Ao subir,
Madu tropeça e machuca a canela.
Lágrimas.
Ao se acalmar um pouco, morde a medalha e tenta forçar um sorriso. A dor impede...
Refeita, participamos das celebrações indÃgenas: as danças de proteção e as homenagens ao senhor que faleceu no percurso, de ataque cardÃaco, no ano anterior. Emocionante.
A prova de 6 km e caminhada antecedem a minha corrida.
Os 12km começam e a lama já é companheira – irritantemente, muitos reclamam ou retardam vários para evitar se sujar...
As trilhas na floresta são desafiadoras.
Consigo evitar escorregões, mas o ritmo é afetado.
As travessias de rio são refrescantes.
O tênis afundado no barro quase se perde.
Furo a mão em espinhos no tronco de uma árvore e a dor virá companheira.
Somente após o km 7 que consigo colocar meu ritmo, graças ao distanciamento entre os atletas. Talvez devido às chuvas, a prova tem cerca de 1 km a menos.
Chegando, Madu dispara em minha direção e como de costume termina em meus ombros.
Recebe e me premia com a medalha.
Me mostra o tererê que ganhou de uma Ãndia que se encantou pelos seus olhos.
Também o cesto para a boneca. Kayque tem agora um arco e flecha e um cesto para centro de mesa vai pra nossa casa.
Reencontrá-las ao final de uma prova, tendo conseguido concluir é sempre emocionante, mas nada se compara ao que vivemos naqueles poucos segundos da corrida Kids...
UM DOS MAIORES MOMENTOS DA MINHA VIDA...