DIA 1
O levantar é cedo. Planejadamente, tudo já estava arrumado. Letícia é organizada ao extremo.
A saída de casa, por volta das 8h, nos encaminha a pé. O ônibus nos leva até a estação. O trem, à rodoviária. Ainda são 9:30h...
Madu insiste em perguntar que horas chegaremos à praia. Diz o que fará no mar e na areia. Como pode ter tantos planos, se é uma estreante no paraíso???
O ônibus é pontual. Sai 10:30h. O mau humor alheio nos fortalece. O sono vem na pequena. O caminho é longo – cerca de 200km – surpreendentemente feito em 3 horas (a Serra do Cafezal nos foi bondosa). Já em Iguape, certa desinformação para assuntos burocráticos. Quer saber, vamos à praia! Deixamos as malas em casa e partirmos para o que faz tudo valer a pena. Balneário Adriana, Ilha Comprida.
O primeiro contato com a areia. Quente. O caminhar se transforma em corrida. A água. As ondas – e o aprendizado em ‘quebrá-las’. Os castelos de areia. Conchas...
Tudo é realizado com incontáveis sorrisos. Cada segundo é maravilhoso.
O fim da tarde chega e o retorno é demorado. O ônibus não vem. O medo dos mercados fecharem vira aflição ao pensarmos nas mamadeiras noturnas.
Tudo dá certo e fazemos uma semi-compra. Na praça, o quase saudoso sorvete de suco – faltaram as abelhas! O bar palmeirense que retornaremos. E a enorme chuva, que faz lanche virar jantar e impede o passeio.
E as baratas tiram meu sono...
DIA 2
Boa parte do dia é dedicada à assuntos burocráticos. Terreno, advogado, ITESP, cartório (e a gafe do ano – sou casado contigo Letícia, EU TE AMO). Tudo para planejar o futuro. A pausa para o almoço é formidável (e cara). Restaurante Panela Velha. As fritas para Madu ficam em segundo plano pois o casadinho de manjuba com pirão de camarão é irresistível. Unido ao ambiente sensacional, a energia para a tarde é garantida.
O retorno à praia mostra Madu mais corajosa. Mestre em quebra de ondas. Os castelos são melhores planejados. Usa as ferramentas certas. Nova ameaça de chuva e retornamos mais cedo. De táxi, o antigo morador, ‘o fazendeiro’, - que a partir dali participa bastante de nossa viagem – nos aconselha sobre os prós e contras de nos mudarmos para a cidade. À se pensar.
Pela noite, passeio no centro. O primeiro barco. A gigantesca âncora. Patos, pássaros e mosquitos. Parte da missa. O açaí da Letícia.
E, antes da volta pra casa, retorno ao bar palmeirense.
Sr. Ciro, que há 4 anos atrás mostrava-se mais forte, apresenta sinais do tempo. Escuta com dificuldade. Mas vê e faz questão de mostrar pra todos que ali ‘É Palestra’. Quadros, faixas, bandeiras. E a preocupação misturada com ansiedade: “- Vamos ver, tem Libertador...”, diz a voz grossa.
Que Deus o possibilite colocar mais um quadro após 29 de novembro...
DIA 3
Amanhecer nublado.
Felizmente. O passeio pelo manhã é a subida ao Mirante do Cristo. Pelas centenas de degraus. Com Madu no ombro. Ela adora, porém, como a mãe, se amedronta quando animais misteriosos movem a vegetação.
Na chegada ao topo, a vista é bela. Iguape, a ponte, Ilha Comprida ao fundo...
Seguimos pela Estrada de Icapara, sentido Juréia, para um lugar diferente.
Pelo caminho, sítios e belas casas. A maravilhosa vista da vegetação. A bica que refresca, hidrata e alegra.
Destino alcançado, Restaurante Engenho – Arte Gastronômica. Lá, uma piscina natural vinda de uma queda d´agua. Fria, mas não incomoda e nos divertimos muito. O tempo fecha e retornamos. No caminho a lotação ajuda.
Vamos à Fonte do Bom Senhor de Iguape. Patos, gansos, o coreto, a gruta. E os pedidos na fonte: “- Está pedindo pro Palmeiras ser campeão de tudo?!” brinca Letícia. “-Também!” – penso...
Passamos pela Igreja de São Benedito e vemos que a noite será boa (hoje, 6/1, é dia do Santo).
No centro, o almoço é pastel. O pintinho amarelinho se torna o novo brinquedo. O sono das madames a tarde repõe energia...
No início da noite, um dos símbolos interioranos: Quermesse.
Madu e suas acrobacias no pula-pula.
O brinquedo pedido tem a cor de praxe.
Papai sente uma pequena tristeza / inveja por assistir a Corrida de São Benedito. Planos para 2018 se desenham...
O bingo frustra. Milho e churrasco satisfazem. Porém, o espeto de frango desejado pela Letícia parece esperar a captura e preparo do frango. Sorvete. Churro...
Ainda vem o jantar, com pizza no Manolo – que já conhecíamos desde 2013. Repouso para o final de semana de praia...
DIA 4
A chuva na madrugada desanima. O tempo vira. Pela manhã, fina garoa e calor. Oportunidade para caminhar pelas praias. O fazendeiro nos leva até o centro da Ilha. Do parque até nosso lugar de costume, o temporal nos acompanha. A maré esconde quase toda a areia. Madu prefere o ombro.
As corridas contra a mamãe são divertidas. As garças assustam, mas a pequena cria coragem de espantá-las.
Almoço na lanchonete Vitória. Fritas e maravilhosas manjubinhas...
Retornamos para um descanso. Antes, muita brincadeira com a pequena Doutora.
Pela noite. Passeio nas praças. As festas das Igrejas. Mais cama elástica. Pega-pega com papai, dança com mamãe. Cirandas, batata quente. Alegria.
DIA 5
O sol reaparece no último dia de praia. O fazendeiro nos leva.
Calor imenso. Mar revolto. O que aconteceu nos outros 3 dias se repete. Madu alterna medo intenso do mar com coragem absurda em quebrar ondas. As mudanças vem em questão de segundos. É engraçado – em um dos momentos de coragem, grande cena: “- Papai, se eu quebrar onda sozinha, o Palmeiras vai ganhar a Libertadores, né?!”. “-Sim, claro!!!” respondo. O equilíbrio se faz com braços abertos. Ondas vem forte mas ela é firme. Não cai. Sinal????
A maré sobe muito. Papai, finalmente, erra no protetor e vira camarão. Melhor almoçar. Pastel e fritas, novamente na Vitória.
Os primeiros souvenirs.
Antes do fazendeiro chegar, corrida para as quase esquecidas garrafas com água do mar para levar pra casa. Purificação.
A tarde, sorveteria. Letícia prefere açaí. Madu, como sempre, compra as bolinhas pulantes. A que sai desta vez é uma do SPFC. Ela pega, olha para a bola, faz careta e joga fora. Felicidade do papai. Decidimos levá-la e pintá-la.
O jantar é em casa, comprada no Subway.
As malas já estão ajeitadas. Amanhã voltamos...
DIA 6
Manhã dedicada às lembrancinhas para a família.
A praça e a Casa da Arte são os locais escolhidos. Infelizmente, o museu está em reforma.
A lembrança fica com Madu espantando os urubus que margeiam o Mar Pequeno com o “Aqui é Palestra!”.
A ida à rodoviária é a pé... Um susto que nos motiva a uma séria conversa.
O papo com o cruzeirense na rodoviária (enquanto Madu brinca com sua filha, Nayume).
No ônibus, assim como na ida, o medo do banheiro. E o xixi na mamãe.
Vovô Marcos faz o último trajeto.
Agradecimentos a ele e a todos que nos ajudaram, principalmente com a refrigeração de leite e água (nossa geladeira deu pane).
Tudo foi inesquecível.
Para nós adultos e com certeza para Madu...